sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

TAG - One Lovely Blog Award

Antes de começar gostaria de agradecer muitíssimo a Vane, do blog In My Darkest Dreams por ter me indicado. Foi uma surpresa e honra ter recebido esta tag. Espero que gostem! <3

1. Por que resolveu criar um blog?
A ideia de criar um blog começou como um motivo um tanto quanto terapêutico para mim. Pessoalmente sou muito tímida e introvertida, o blog surgiu como uma maneira de me expressar à outra pessoas, conhecidas ou não, além de uma forma de fazer amizade.

2. Quais os benefícios que o blog te traz?
Descobri pessoas maravilhosas que compartilham comigo o gosto por literatura, poemas, músicas, pinturas e pensamentos.

3. Qual o post mais acessado?
Para o meu espanto foi o conto "A Pequena Vendedora de Fósforos" de Hans Christian Andersen com 564 visualizações. 

4. Você usa redes sociais?
Tenho contas em algumas redes, mas não as acesso com muita frequência... Acho que a que mais acesso é o Twitter uma vez ou outra depois do blog é claro.

5. Como o blog tem evoluído?
Penso que de 2012 para cá o blog evoluiu visualmente, mas em relação ao conteúdo penso que continuará exibindo os mais ou menos mesmos gêneros que vem sendo atualizados. Penso que algum dia desses juntarei coragem para postar poemas e pequenas histórias de minha autoria.

6. Já viveu algum fato importante por causa do blog?
Acabei descobrindo que alguns colegas de faculdade chegaram a acessar meu blog sem saberem que era meu. E conheci pessoas interessantes através dele.

7. De onde nasce a inspiração para escrever e continuar com o blog?
Penso que além do meu eterno fascínio por literatura gótica, mistérios música, pinturas e filmes, etc...  Os comentários sempre gentis de pessoas que acessam com frequência meu blog, a minha vontade de compartilhar o pouco que conheço e gosto.

8. O que você tem aprendido a nível profissional e pessoal esse ano?
Além da faculdade onde concluí mais um ano penso que os cursos que realizei como "A Performance de William Shakespeare", "A Arte da Poesia", "A História de Alexandre o Grande" e "A Ilíada" tirando os livros que também li contribuíram muito para meu crescimento pessoal. 

9. Qual é a sua frase favorita?
Essa pergunta é muito mal. É muito difícil para eu encontrar uma frase favorita, várias citações de vários autores me passaram pela cabeça, mas tem uma que ultimamente virou minha favorita, do livro "A Fazenda Blackwood" da Anne Rice: 

"Livros oferecem esperança - 
de que o universo todo pode abrir-se de suas páginas, 
e adentrando este universo você está salvo."
(Lestat de Lioncourt)

10. Qual conselho você daria para quem está começando agora no mundo dos blogs?
Acho que não existe realmente conselhos, mas escrever de assuntos dos quais gosta, de coisas que te inspiram. Penso que é simplesmente isso.

11. O que os blogs que você vai indicar tem em comum?
Ambos amam escrever e espero que gostem 

Ophelia



I.
Na onda calma e negra, entre os astros e os céus,
A branca Ofélia, como um grande lírio, passa;
Flutua lentamente e dorme em longos véus...
- Longe, no bosque, o caçador chamando a caça...

Mais de mil anos faz que a triste Ofélia abraça,
Fantasma branco, o rio negro em que perdura.
Mais de mil anos: toda noite ela repassa
À brisa a romança que em delírio murmura.

Beija-lhe o seio o vento e liberta em corola
Os grandes véus nas águas acalentadoras;
Sobre os seus ombros o salgueiro se desola,
Reclina-se o caniço à fronte sonhadora.

Nenúfares feridos suspiram por perto;
Às vezes ela acorda, em vidoeiro ocioso
Um ninho de onde vem tremor de um vôo incerto...
- De astros dourados desce um canto misterioso...

II.
Morreste sim, menina que um rio carrega,
Ó pálida Ofélia, tão bela como a neve!
- É que algum vento montanhês da Noruega
Contou que a liberdade é rude, mas é leve;

- É que um sopro, liberta a cabeleira presa,
Em teu espírito estranhos sons fez nascer
E em teu coração logo ouviste a Natureza
No queixume da árvore e do anoitecer.

- É que a voz do mar furioso, tumulto impávido,
Rasgou teu seio de menina, humano e doce;
- E em manhã de abril, certo cavalheiro pálido,
Um belo e pobre louco, aos teus pés ajoelhou-se.

E aí o céu, o amor: - que sonho, pobre louca!
Ante ele eras a neve, desmaiando à luz;
Visões estrangulavam-te a fala na boca,
O Infinito aterrava os teus olhos azuis!

III.
- E o Poeta diz que sob os raios das estrelas
Procuras toda noite as flores em delírio
E diz que viu na água, entre véus, a colhê-las

Vogar a branca Ofélia como um grande lírio.

(Arthur Rimbaud)