"O senhora esperta! Pode estar correta -
Esta janela para a noite aberta?
Os impudicos ares, nos arbóreos topos
Passam risinhos pela teia de tocos -
Os incorpóreos ares, do mago a ruína,
Fugazes por tua câmara, baixo e cima,
E no dossel sacode o arvoredo
Com parcimônia - com medo -
Sobre a cerrada e franjada aba
Sob a qual se esconde e hiberna tu'alma,
Assim, ao pé da parede e ao rés chão,
Como visões as sombras vêm e vão!
Oh! Querido amor, não tens tu temor?"
- Edgar Allan Poe