Quando eu mais pisco faço melhorar meu olhar,
para todos os dias, olhar coisa ignorada,
mas, quando durmo, meus sonhos, olham a ti,
e, brilhante breu, são dos brilhos negros guiados.
Cujas sombras das sombras tecem-se brilhantes,
como seria a sua sombra o feitio feliz vê-la,
com o dia claro com sua luz muito mais clara,
quando ocultos olhos sua sombra brilha assim?
Como seria (digo) meu olhar fosse bem dito,
ao admirar lhe de ti na existência do dia,
quando morte noturna faz viciosa sombra.
Por meio denso sono cego olhar fiquei?
Todos os dias são noites até que possa olhá-la,
e noites vivos dias quando não mostrar sonhos.
(William Shakespeare - Tradução. Éric Ponty)
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