segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Soneto 96

De almas sinceras a união sincera. 
Nada há que impeça. Amor não é amor
Se quando encontra obstáculos se altera
Ou se vacila ao mínimo temor. 

Amor é um marco eterno, dominante,
Que encara a tempestade com bravura;
É astro que norteia a vela errante
Cujo valor se ignora, lá na altura.

Amor não teme o tempo, muito embora,
Seu alfanje não poupe a mocidade;
Amor não se transforma de hora em hora,

Antes se firma, para a eternidade.
Se isto é falso, e que é falso alguém provou,
Eu não sou poeta, e ninguém nunca amou. 

(William Shakespeare)

Nenhum comentário:

Postar um comentário